sábado, 19 de julho de 2014

O SENTIDO DA VIDA


                Sozinho estou no topo deste monte,

                ao meu redor encontro vidas.

                Encontro os pássaros cantando em melodias,

                os calangos correndo em folias.

                Encontro borboletas, formigas, plantas, flores.

                Fito os olhos no horizonte colorido, no vale do Parnaíba,

                na cidade abaixo de mim.

                Vejo as pessoas caminhando nas ruas, as casas,

                e ouço o barulho das crianças brincando na praça.

                 Respiro fundo, pois um vento viajante passa,

                fazendo as folhas das árvores murmurarem.

                O meu ser indaga:

                - Qual o sentido da vida?


                Começo a filosofar, vou muito longe...

                De repente, paro. Descobri o sentido da vida!

                Olho para mim e sinto o coração pulsar,

                jorrar sangue em meu corpo.

                Novamente fito os olhos no horizonte colorido,

                eles enchem-se de lágrimas.

                Fico trêmulo, levanto minhas mãos

                e brado bem forte:

                - Deus, tu és o sentido da vida.
Cenário descrito no poema
        Fonte: Adolescência Poética, Francisco Carlos Machado

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