Os
historiadores locais não sabem a data precisa de quando o primeiro súdito do
Imperador do Brasil chegou ao espaço geográfico que hoje existe a cidade de
Miguel Alves, no Piauí. Porém, é certo que Miguel
Alves, migrante fugídio das secas do alto sertão do Piauí ou Ceará, na busca de
vida mais prospera e digna, decidi recomeçar sua existência nas proximidades do
rio Parnaíba. Assim, construiu em uma colina sua casa. No correr dos anos o lugar
com a associação de outros súditos do império, popularmente, passou ser chamado de
Monte Alegre.
Na eclosão
da guerra da Balaiada (1845- 1849), todos os sítios e fazendas de brancos nas
adjacências de Monte Alegre, tanto do Maranhão (Boqueirão, Fazenda Santana,
Curralim, etc), como no Piauí (Fazenda Conceição dos Bacelar, etc) sofreram ataques e
dominações dos revoltosos. Após o sufocar dos revoltos na região pela oposição bélica governista, alguns moradores se sentiram
motivados a viverem nos domínios de Miguel Alves.
Posteriormente, com os empreendimentos da navegação do rio Parnaíba (começado em 1857), tendo os navios vapores necessidades de ser abastecidos com lenhas para alimentar as caudeiras, o lugar se tornou um porto natural para isso, o que causará maior crescimento populacional do lugarejo, como da sua economia, pois a navegaçaõ favoreceu o fluxo da economia e de pessoas. Logo, Monte Alegre passou ser conhecido mais como Porto da Lenha.
Posteriormente, com os empreendimentos da navegação do rio Parnaíba (começado em 1857), tendo os navios vapores necessidades de ser abastecidos com lenhas para alimentar as caudeiras, o lugar se tornou um porto natural para isso, o que causará maior crescimento populacional do lugarejo, como da sua economia, pois a navegaçaõ favoreceu o fluxo da economia e de pessoas. Logo, Monte Alegre passou ser conhecido mais como Porto da Lenha.
Miguel Alves, ao fundo o Rio Parnaíba |
Na margem parnaibana
do Maranhão, o Boqueirão e o porto do Chicão, no Curralim (atualmente Coelho
Neto), cumpriam também essa função, recebendo os benefícios da navegação.
No
consolidar da navegação do rio Parnaíba, o fazendeiro e advogado Bernardo José Martins,
proprietário da Fazenda Santana, cujas terras chegavam até a margem do rio,
decide construir uma estrada da Fazenda Santana ao Parnaíba, criando o seu porto
natural, que em 1881, já era conhecido como Porto Garapa.
Bernardo Martins,
empreendedor, precisava comercializar seus produtos nos Gaiolas, bem como
viajar para as cidades de Parnaíba e a jovem capital Teresina, no período, com menos de 30
anos criada.
A ausência até
então de alguns documentos, como de tradições orais, não nos fazem nem supor quais
foram os primeiros moradores do Porto Garapa, seus vendedores de lenha para os navios. O certo
é que o Garapa nos anos 80 de 1800 até a década de 1920, pouco cresceu em números
de pessoas e economicamente. Fato, contrário a povoados/portos como Croa da
Onça, Peixe Magro, pois, e devido ao Porto da Lenha, no Piauí, que com o
crescimento vertiginoso pela navegação, já na década de 1890 tinha status de
Vila. Decerto, continuando crescer, sua gente se desenvolvendo, se organizando politicamente,
a Vila de Miguel Alves, em 24 de maio de 1912, se emancipando de União – PI, se tornou então cidade batizado com o nome de seu primeiro morador.
Enfim, esse breve resumo é apenas um exercício intelectual, fruto de reflexões e abordagens sendo ainda pesquisadas (e
em aprofundamento), buscando entender quais influências sociais e comerciais a
cidade de Miguel Alves exerceu no crescimento e na vida do povo do Porto e Povoado
Garapa - hoje cidade de Duque Bacelar - desde o século XIX até os dias presentes.
Também homenageando Miguel Alves e alguns amigos que lá vivem. Essa nossa cidade co - irmã piauiense, que em seu aniversário diferente de 108 anos, as pessoas do lugar estão mascaradas e isoladas umas das outras no arteamento de bandeiras e demais ações de comemorações, devido os dias ser de pandemia.
Pescadores do Parnaíba, em Miguel Alves. |
Miguel Alves, outro ângulo |
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