Da covardia que teme novas verdades; Da preguiça que aceita meias verdades; Da arrogância que pensa saber toda verdade; Ó Senhor, livra-nos! Artur Ford
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
O FIM DO CORONAVÍRUS EM DUQUE?!
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
NO FESTIVAL CULTURAL RAÍZES – PI O MUHNAP CONTRIBUI COM A DIFUSÃO CIENTÍFICA NA REGIÃO DO BAIXO PARNAÍBA
Em 15 minutos ao deixarmos a cidade de Duque Bacelar - MA já estávamos dentro da barca de travessia do rio Paranaíba, encarada pela equipe do MUHNAP como boas vindas e boa sorte, pois estando aportada no lado maranhense - como se nos esperando - favoreceria não perdermos muitos tempos na espera da barca, diante do horário a cumprir da missão de nossa viagem. Então, os componentes animados com a viajem para a cidade de Lagoa Alegre, no Piauí – todos membros da Sociedade Amiga do Museu de História Natural e Ambiental do Vale do Parnaíba/SAMUHNAP – sendo estes: Francisco Carlos Machado, Anunciação Castro, Carlos Junior e o motorista da prefeitura Edmar, que dirigia para a equipe. Assim, com a crença de que teríamos boa viajem, alimentada pelo clima de um pequeno sereno, na manhã de domingo de 22 de novembro, cheguamos logo em Miguel Alves, onde nos esperava a historiadora Hosana Tavares, amiga do MUHNAP nesta cidade, pois indo conosco representaria sua cidade, e, logo ao se juntar aos companheiros seu otimismo, gentileza e boa prosa que cultiva, contagia a todos nós do grupo.
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Na Barca - atravessando o rio Parnaíba rumo ao Piauí. |
A ida ao Festival Cultural Raízes possuía também a missão de fazer um diagnóstico de um possível sítio de madeira fossilizada na bacia sedimenta parnaibana, a pedido de pesquisadores e historiadores da cidade de União – PI, que também amigos do MUHNAP, há dias vinham dialogando conosco sobre essa suposta ocorrência dos fósseis vegetais em seu município. Um guia nesta cidade nos levaria ao lugar. E estando no mesmo Francisco Carlos confirmou ser os troncos de fatos silificados, tendo alguns metros de largura e comprimentos, outros pequenos, ainda soterrados, em seu estado original. A existência desse novo sítio fóssil em União prova a realidade de muito outros no vale do Parnaíba, ocorrências vindas desde Filadélfia-TO, indo até Picos-PI.
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Tronco fossilizado em União - PI |
O Festival Raízes tendo a organização dos jovens poetas, acadêmicos Thiago Inácio, Vanessa Diniz e Daniel Oliveira – ambos ativistas culturais e intelectuais de Lagoa Alegre, que também desenvolvem permanentes um Projeto de resgate de história no município “Lagoa Alegre Memórias”, cuja síntese é a valorização e o conhecer da história e a identidade sócio – cultural dos cidadãos deste lugar. O Projeto tomou um fôlego maior, com a manutenção permanente do sítio na internet – o Museu Virtual de Lagoa Alegre/ MVLA – possuindo diversas exposições e documentários de personalidades históricas da cidade, como mostra de artes, poesia/poetas e as belezas naturais do lugar. Lagoa Alegre pulsa em memórias e resgate de si mesma com o empreendedorismo cultural desses jovens intelectuais.
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Daniel Oliveira, poeta Éverto Lopes, Cineide - Lider da Comunidade Deus da Vida; Thiago Inácio e Vanessa Diniz. |
Buscando conexão e parcerias com as cidades circunvizinhas do baixo Parnaíba maranhense e piauiense, no objetivo de resgatar nossas origens e formações comum da história natural e ambiental, o MUHNAP chegou no tempo preciso à Chácara Deus da Vida, localizada entre a cidade Lagoa Alegre e José de Freitas, conseguindo assim montar seus quadros expositores contendo maquetes de dinossauros, coleções de ossos, peixes, gastrópodes e dentes de animais pré - históricos, além de coleções de rochas e pedras semipreciosas e quadros, apresentando artefatos do mundo inteiro, como: areia do deserto do Saara, águas do rio Jordão e Mar da Galileia, lava solidificada de vulcão e objetos artísticos de diversos povos indígenas do Brasil, destacando o Krikati. O Festival Raízes também trouxe mostra de exposições de artes em pneus, latas de aluminio de refrigerante, brechó solidário, plantas ornamentais, objetos antigos através do MVLA, tendo discussão e palestra sobre racismo, apresentação de uma antologia de poetas da cidade e sarau com declamação de poemas, apresentação musicais de artistas da região.
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Thiago Inácio interagindo com material da exposição. Um pacará dos índios Krikati |
Pelo livro de visitas e animação dos presentes pelo que viram na Exposição do Museu de História Natural e Ambiental do Vale do Parnaíba, sendo portanto a mais visitada, recebendo por isso boas críticas e elogios dos organizadores do evento Raízes, como das pessoas de Teresina, José de Freitas, Lagoa Alegre e União, mais os moradores de povoados e fazendas vizinhas ao santuário Deus da Vida.
Os expositores Francisco Carlos Machado, Hosana Tavares e Anunciação Castro também se sentiram muito gratificados pela educação, perguntas e receptividade dos visitantes, como satisfeitos com o fortalecimento do Museu Virtual de Lagoa Alegre e Projeto Memórias, compreendendo que esses intercâmbios não somente fortalecem a cultura acadêmica, o resgate do passado comum dos municípios do Baixo Parnaíba, como a pesquisa e as descobertas científicas, juntamente com os talentos para as artes em geral.
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Historiadora Hosana Tavares, Francisco Carlos e visitantes da Exposição |
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Da esquerda para direita: Vanessa Diniz, Cineide, Francisco Carlos, Hosana Tavares, Thiago Inácio, Carlos Júnior, Anunciação Castro e Edmar. |
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
ARTISTAS E ESPAÇOS CULTURAIS DISCUTEM AUXÍLIO EMERGÊNCIAL EM DUQUE BACELAR
Desde agosto
representantes do MUHNAP - Museu de História Natural e Ambiental do Vale do Parnaíba - começaram um diálogo intensificado com a Secretaria
Municipal de Cultura e Educação de Duque Bacelar para os gestores da pasta
aderirem ao Auxílio Emergencial Aldir
Blanc, criado pelo Governo Federal, através da Lei 14.017 29 de junho 2020 que destina 3 bilhões de reais para
apoiar o setor cultural brasileiro nos estados e municípios, sendo que este foi o setor mais
prejudicado pela pandemia do COVID 19. Ao município de Duque Bacelar está destinado
94 mil reais para ser distribuído entre os espaços e grupos culturais locais, como iniciativas culturais através de editais, bolsas e prêmios.
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Roda de conversa com o Secretário Martinho Marques e produtores culturais de Duque Bacelar sobre o estado do repasse do Auxílio Cultural para os grupos e espaços culturais locais |
Assim, ainda em agosto se formou uma Comissão de pessoas da sociedade civil e poder PÚBLICO, fazendo algumas reuniões, discutindo como o município poderia se cadastrar na Plataforma Brasil, criar um plano de Ação, porém, com o acirramento das disputas eleitorais locais e envolvimento de pessoas da comissão (a mesma até deixou de fazer reunião) houve atraso de demandas e somente em 15 de outubro, último prazo para adesão do município, se conseguiu se cadastrar para receber recursos.
Aqui em Duque Bacelar a gestão atual não pode mais demorar com a publicação do edital e chamamento cultural, correndo agora contra o tempo para os artistas, seus grupos e espaços culturais existentes na cidade não esperarem tanto, nem fiquem com falsas esperanças.
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Reunião no MUHNAP
sexta-feira, 23 de outubro de 2020segunda-feira, 19 de outubro de 2020CORONAVÍRIS EM DUQUE - 19 DE OUTUBROONTEM o número de ativos contaminados pelo COVID -19 em Duque Bacelar chegou a 34 pessoas, tendo ainda 20 suspeitos com o vírus.
Hoje, foram 28 pessoas ativas contaminadas, com 28 suspeitas, tendo duas pessoas internadas. Segundo Bruno Luís, médico odontólogo na cidade, o
resultado de ontem/hoje foi o menor desde 12 de setembro, quando os infectado
voltaram crescer. sexta-feira, 28 de agosto de 2020DUAS AMIGAS – DUAS ALEGRIAS NOS DIAS TRISTES DE PANDEMIA
Uma das minhas
grandes alegrias da vida são meus amigos e amigas. Os mesmos em diferentes
áreas que atuamos na vida social e ambiental afins, estão comigo, sempre solícitos. Devo muito aos
meus amigos. Muitos deles mais amigos – irmãos que alguns dos falsos
irmãos/irmãs biológico que suporto (caluniadores e perseguidores políticos). Neste final de
tarde quente de agosto, triste pela morte de uma conterranea pelo COVID 19, duas amigas tornaram a boca da noite minha muito feliz. Francisca Macário, jovem acadêmica de geografia no campus da UEMA em Caxias – MA, que vindo em minha casa me ajudar na tabela de um projeto do MUHNAP, como fazer o instagram de nosso Museu, com seu espirito feminino e educado, fez esse meu coração se alegrar, devido sua crença pela causa do nosso Museu e disposição em servir. Francisca Macário e euEnquanto, discutia
com Francisca Ações futura ao Museu, Rubens Mesquita vindo de Miguel Alves-PI, me trouxe
um lindo livro que há dois anos desejo ler – MIGUEL ALVES, CIDADE DA GENTE –
enviado carinhosamente pela amiga Ana Dutra, professora de história e servidora pública nesta cidade piauense. Recebi com
muita alegria essa obra didática sobre Miguel Alves, rica em ilustrações e
fotos coloridas, sobre a história e geografia da cidade. Rubes Mesquita entregando o livro Os atos dessas duas amigas - Francisca e Ana - foram as duas grandes alegrias que vivi nestes dias tristes de morte, quentes e cheios de difamações de falsos irmãos/irmãs, dando nos forças para continuarmos. quinta-feira, 27 de agosto de 2020LEMBRAÇAS DE DONA ISABEL - 9º Vítima do COVID 19A primeira lembrança que guardo de Dona Isabel Leitão – a doce dona Isabel – data da enchente de 1985, quando aos seis anos, o rio Parnaíba encheu tanto, chegando à calçada alta de sua casa, situada na Rua Zuza Machado, em frente ao campo Vieirão. Minha mãe, Maria Moraes, juntamente com dona Hosana Leitão – irmã de Isabel - levaram suas crianças para verem a enchente grande. Chegamos por uma vereda por detrás da casa. Enquanto, elas adultas conversavam sobre o rio e a vida, nós crianças pulávamos da calçada dentro das águas da enchente. Isabel Leitão (*1936 +2020) Recentemente, em pesquisas sobre a história da Escola
Antônio Aldir (filho de Isabel,
morto aos 16 anos, em 1984, afogado no Parnaíba) soube de toda dor e trauma até
então sentida por ela. Dona Isabel viveu com depressão por 38 anos devido à
perda de seu filho querida. Isabel Leitão nasceu em 1936, no povoado Boca da Mata,
em Miguel Alves – PI. Seus pais migrantes cearenses fugitivos das secas
encontraram refúgio no vale do Parnaíba. Anos após, com os oito filhos nascidos, vieram
morar no Garapa, depois adquiriram terras em Coelho Neto, no povoado Taboca, se
fixando definitivo nessa terra. Na
Taboca, Isabel conheçeu o belo jovem Antônio José, donde do casamento nasceram
os filhos Caxico (comerciante), Toinha (professora), Oswaldo (comerciante),
Célia (professora) e Aldir. Com muito amor seus filhos foram gerados e criados.
Na idade escolar dos mesmos, compraram uma casa defronte ao campo, vindos o
casal com os filhos morar na cidade Duque Bacelar. Quando Isabel e os quadros filhos vivos perderam seu Antônio
José em 2014, ela ficou algum tempo morando sozinha ajudada por netos ou
empregada. Agravando a depressão, a perda da visão, Isabel passou morar com a
filha mais velha. Nas últimas notícias que ouvimos falar de dona
Isabel, soubemos que estava com a filha em uma chácara no Mocambo Velho. Ao chegar o
novo coronavírus em nossa cidade, Toinha sentiu que sua mãe de 84 anos estava
protegida no meio da mata. Porém, o vírus chegou à capital, interiorizou até as
sedes dos municípios maranhenses, atingindo também povoados e vilas distantes. Nisto, tendo o
marido de professora Toinha necessidades de sair da chácara para resolver
coisas na cidade, como suas habituais passadinhas em bares, provavelmente foram
o primeiro infectado mesmo sem sentir sintomas. Quando perceberam, entre os
dias 5/6 de Agosto, todos da casa começaram sentir fraqueza, leves dor no
corpo. Fizeram um, dois, três testes em dona Isabel, mas eles não acusavam que
ela estava infectada, mesmo se sentindo fraca e com dores no corpo. Quando, porém, a falta de ar lhe afligiu
severamente, tiveram que interna-la no Hospital Presidente Medice. Nos quatros
dias hospitalizada seu quadro de saúde foi agravado, sendo levado dia 20 de
Agosto para Caxias. Na tarde do dia 22/8 sem conseguir respirar
naturalmente, com o pulmão mais de 50% infectado pelo vírus, ela então foi entubada. Ontem,
ao voltar do rio Parnaíba encontro sua filha Célia e ao perguntar pelo estado
de sua mãe, recebo a resposta que ela havia partido. Ainda de luto pela perda de Sálvio Dino, mais
triste e mais enlutado fiquei. Em menos de 48 horas, abraçado por duas mortes
pelo COVID 19. Três horas depois da notícia a ambulância da
funerária que dona Isabel pagava há anos chegou com ela em nossa cidade.
Primeiro parou na casa de sua filha Toinha, a mesma gritava com choro e dor por
sua mãe – pedindo desculpa por não ter podido cuidar dela – assim como os
irmãos e filhos, netos, sobrinhos e os amigos da comunidade. Por cerca de 20 minutos a ambulância ficou
parada, suas luzes vermelhas coloriam a rua, mas ninguém podia abrir a tampa detras do
veículo; não podíamos olhar o rosto de dona Isabel e chorar sobre ele. Ouvi
muito comovido, a professora Clélia Lopes chorando perguntar porque isso estava
acontecendo com a humanidade. Saindo o carro branco da funerária da Rua Zeca Barão,
dirigiu - se para a casa que dona Isabel morou anos. Fomos seguindo em carros e
motos particulares, formando um cortejo fúnebre confuso. Nas ruas e frentes das
casas as pessoas da comunidade olhavam tristes. Na casa de Isabel o carro com ela demorou mais tempo,
então os seus vizinhos de anos se juntaram a todos nós que já chorávamos.
Diante da situação incomum de não podemos ver nada de corpo, nem o caixão do
falecido, protestei ao Mercim - responsável pela Vigilância Epidemiológica - afirmando que o Estado brasileiro não tinha o
direito de proibir as pessoas de ver seus entes queridos, até mesmo o caixão.
Edvanilson, um dos netos mais velhos de dona Isabel, pediu que o motorista abrisse
a tampa detrás. Assim, vimos o caixão, logo chorando e se comovendo mais ainda. No cemitério Julião, quando o caixão desceu a cova,
perguntei ao Caxico, filho da falecida se o túmulo vizinho era de Antônio
Aldir, recebendo resposta positiva.
Enquanto o barro seco cobria dona Isabel dentro do caixão, olhei para o alto,
além das estrelas, imaginei então o reencontro dela com seu filho Antônio
Aldir, o grande abraço que ela recebeu dele e dos demais ancestrais dela
que já haviam partido. Voltei para casa muito triste, tendo forte a cena do reencontro dela na eternidade com os seus que amou aqui. Essa será a partir de então a última lembrança que dela guardaria em minhas memórias. segunda-feira, 24 de agosto de 2020BREVE RECORDAÇÕES DO ESCRITOR SÁLVIO DINOSálvio Dino (*1932 +2020) O escritor Agostinho
Noleto em conversas travadas na Biblioteca da Academia Imperatriense de Letras /AIL me recomendava sempre ir aonde Sálvio Dino para trocamos informações referente a Serra da Desordem - magnífico monumento natural
de 18 km de extensão, sendo também um sítio histórico no sul do Maranhão - onde dentre vários ocorridos houve em seu topo uma batalha sangrenta em 1813 , envolvendo os Krikati e outros timbira com o exército imperial, episórdio esse descrito no clássico O Sertão. Sendo Sálvio Dino estudioso de Parsondas de Carvalho, defensor
até de quem realmente foi o autor da obra citada fora o irmão, não
a irmã Carlota, lhe levando assim a ser estudioso natural também da Serra da Desordem e seus enigmas. Logo, possuindo alguns
documentos do ocorrido bélico, no qual busco, razão esta de Agostinho Noleto pedir para consultá-lo. Então,
somente dois anos depois de Noleto ter me pedido para ir falar com Sálvio, estando em
Imperatriz no começo de 2019, me desloquei na manhã de 4 de Janeiro até João Lisboa para travar contato e a buscar parceria
intelectual com Sálvio, falando-lhe da minha dissertação entre os Krikati e do Projeto Serra da Desordem. Muito bem recebido pelo escritor, historiador, político e intelectual Sálvio Dino, contei tudo que sabia sobre a Serra; as explorações feitas e das descobertas inéditas em campo entre os índios, causando boa impressão em Dino, segundo suas próprias palavras, devido ter a coragem e desprendimento em pesquisar o tema na própria Serra. Gentil e afável, conversamos um bom tempo temas afins e o mesmo lamentou que tivesse um compromisso agendado em Imperatriz, mas me disse que não poderia mais estando na região deixar de conversamos, pois o próprio tinha grandes interesses em meu trabalho sobre a Serra, como muito gostava de diálogos com pessoas que faziam essas pesquisas de campo. Voltemos juntos em sua caminhonete para Imperatriz, ficando eu no campus da UFMA na cidade. Como Sálvio Dino tinha dificuldades de leitura em letras miúdas do celular – a idade havia lhe tirado muito da visão - pediu que lhe enviasse recados para seu gentil motorista Nonato. No qual fiz algumas vezes. Um mês depois, fevereiro de 2019, Dino convidado para proferir uma magnífica palestra na Assembleia Legislativa do Maranhão sobre os "184 anos do Poder Legislativo e a importância histórica das obras raras encontradas no Parlamento", fui prestigia-lo. Depois na confraternização que ocorreu, nós falemos um pouco. Voltei a Imperatriz em Novembro de 2019 e não pode visitar Sálvio. No corrente ano, devido à pandemia, quando nos preparavamos para voltar ao povo Krikati, fomos impedidos de ir ao território indígena (o COVID 19 então se alastrando, sendo eu branco, poderia ser vetor de contaminação na comunidade indígena), o tal vírus começava mudar meus planos, como a normalidade de todos nós. Começo de Julho desde ano Nonato, o motorista de Sálvio
me enviou uma mensagem de uatizap que Dino perguntava por
mim, querendo voltar às conversas, pois muito tinha gostado de nossas falas.
Respondi que a recíproca era a mesma, mas devido à pandemia, estava impedido de
ir à região. Pouco depois soube que Sálvio Dino sofre um AVC (me solidarizei através
de Nonato), recebendo informação de melhoras do escritor, alegrando-me por isso. Na manhã desta
segunda, 24 de Agosto, a triste notícia da
partida de Sálvio Dino, em consequência
da COVID 19, me deixou com um sentimento de
perda. Dos escritores da região tocantina que havíamos planejado trabalhar pesquisas em
conjunto, Adalberto Franklin e ele, partiram sem
concretizarmos os intentos intelectuais - o que é lamentavel - sei que teríamos usufruido momentos e falas magníficas, tornando minha vida rica de relações pessoais significativas. Ambos eram bons
escritores e pesquisadores de primeira grandeza da historiografia sul maranhense - encantadora e riquíssima, no qual estou conhecendo e enveredando em algumas de suas temáticas. Assim triste, concluo desejando: Descanse em
paz confrade Sálvio Dino. Com louvor cumpriste sua missão terrena. sábado, 8 de agosto de 2020EM NOME DO PAI - AÇÃO SAÚDE DA DROGARIA ROSA DE SARON
A Drogaria Rosa
de Saron, em Duque Bacelar, está promovendo neste domingo (9/8) dia dos pais
uma Ação Saúde para homenagear os pais da cidade e região. A programação rica
e diversificada incluirá um café da manhã para os presentes, sorteios de
prêmios, mais dicas de saúde orientada por médicos e enfermeiros, com avaliação
com nutricionista, aferição de pressão, teste de diabete. A Ação Saúde
terá início a partir das 7h horas da manhã se estendendo até o meio dia de
domingo. EM NOME DO PAI O empresario Adaildo
Lisboa (40), proprietário da Drogaria Rosa de Saron, é jovem empreendedor que de
menino pobre sonhou mudar sua realidade. Disciplinado, responsável e pacífico,
sendo empregado em lojas e drogarias locais, após ser experiente no ramo de drogarias,
há 13 anos montou a sua própria drogaria que mesmo com grandes concorrentes surgidas depois, se mantem firme, funcionando em um ambiente organizado e aconchegante. Nestes anos,
sempre comemorou os dias das mães, em homenagem as donas do lar. Ano passado,
em outubro, o empresário Adaildo perdeu aos 79 anos seu pai, o que lhe traz
ainda um vazio por sua partida a eternidade. É neste misto de tristeza pelo amor paterno ausente em seu coração, ele decidi homenagear não somente a vida de seu pai que muito o marcou, como a todos os pais da cidade e região, pois um verdadeiro pai para Adaildo é um provedor, companheiro e amigo.
quinta-feira, 6 de agosto de 202023 PESSOAS CONTAMINADAS EM DUQUE PELO COVID 19 Nestes três últimos dias o número de pessoas se recuperando em Duque Bacelar do COVID 19 tem sido significativo. No Boletim Epidemiológico do dia 4/7 tínhamos 32 pessoas ativas - contaminadas, com 19 suspeitas. No Boletim Epidemiológico de ontem dia 5/7 tínhamos 30 pessoas ativas - contaminadas, com 15 suspeitas.
terça-feira, 4 de agosto de 202032 INFECTADOS PELO COVID 19 EM DUQUE
A curva do
nível da contaminação em Duque Bacelar vem diariamente diminuindo.
Nos
Boletins de domingo (2/agosto) e segunda (3/agosto) notificam 35 casos de ativos contaminados em
recuperação, sem ninguém hospitalizado.
No Boletim
de hoje - terça (4/agosto), temos 32
pessoas ativas contaminadas, sendo que delas 18 estão
na sede do município e 14 pessoas em 11 dos 20 povoados que foram infectados.
Continuemos
na luta contra o vírus – ainda mortal e
crescendo, infelizmente, em diversas cidades e estados do Brasil.
Assim, ainda não deixando o uso de Máscaras, isolamento social e distanciamento permanente, com a higienização do corpo.
segunda-feira, 3 de agosto de 2020FIDELIS - A VIDA DE UM CÃO NA SOCIEDADE BACELARENSE
Dentre os
muitos filósofos que amavam e conviveram
com cachorros – o alemão Schopenhauer
– foi um dos pensadores que
escreveu marcantes notas sobre o direito
dos animais viverem em dignidade, pois para ele os animais não estão presos em um círculo fechado e inacessível, sendo capazes de sentir os mesmos
sentimentos de alegria, tristeza, dor e sofrimento, felicidade e depressão,
como qualquer humano.
Assim, se referindo a relação entre o homem e
um animal Schopenhauer, afirmou que é reconhecido o caráter de um ser
humano pela sua capacidade de ser bondoso com os animais
– sendo que também pela lógica do
alemão, os que maltratam um animal não poderão ser pessoas bondosas e de bom caráter. Existe
uma máxima que se mede o grau de civilidade de uma comunidade pela forma em que
trata os animais.
Os cachorros, popularmente tidos como os melhores amigos do homem, no qual em partes concordamos, porém,
acreditando também que outros animais são passivos de desenvolver relação verdadeira de afeto com nós humanos, expressando
assim, atos de amor/carinho, em conformidade
com seu temperamento e peculiaridade.
Referindo-se aos gatos, com seu
caráter emocionalmente independente, não
expressando com energia e fidelidade entusiástica para com a gente como fazem os
cães, entretanto, na relação doméstica, são também bastante capazes de manifestar muito amor e carinho ( no seu rosnar, o
lamber de partes de nosso corpo, o
encostar de seu corpo peludo em nossas pernas, até dormir em cima da gente na cama ou rede, fazendo afetivamente) para conosco também. Assim, os pássaros como os
papagaios, macacos e demais bichos também expressão afeto para a gente. Na minha vivência com os índios Krikati, os porcos
do mato domesticados para ser de estimação, expressam um amor tão grande para seus donos, emocionando de ver.
O Fidelis, meu cachorro,
conforme muitos conhecem, não somente é amado de coração,
como sei ser recíproco esse amor por
parte dele. É amor tão interessante de observar, e isso todos tem oportunidade de ver, devido sua obsessão pública de comigo andar
por todos os lugares, participando de tudo, algo que se tornou até folclórico em nossa pequena
cidade.
Francisco Carlos estando em Duque Bacelar, pode contar na certa que
Fidelis estará onde ele estiver: nas Secretárias de Educação, Agricultura,
Saúde, Assistência Social - em todos os
comércios, casas de amigos, nas praças,
até no hospital e posto de saúde, em
reuniões de ambientalistas, aniversários, cultos protestantes e missas católicas, sessão da Câmara Municipal e reunião de sindicato – é fato, ninguém impede o Fidelis de participar e
entrar, sabendo que estou no lugar.
Sua grande paixão da vida e participar da minha vida social, dos meus
passeios e caminhadas. Não é por
que eu queira sempre, ele simplesmente, sabendo
onde estou entra, bate na porta, se não abrirem ele
espera do lado de fora, até eu sair.
Ficou famosa a histórica de um Decreto que a ex-secretaria Lucia Oliveira baixou na SEMED/DB - com
toda razão e direito - somente para impedir do Fidelis, morador vizinho da
secretária, entrar a minha procura,
seguindo meu cheiro. Eu com ela hoje sorrimos dessa história.
Quando eu não sabia que se
podia viajar oficialmente em ônibus com bichos (sendo que pode, desde quer em caixas de
viajar), três vezes - ida e volta para
São Luis - eu com ele viajamos pegando até três veículos fretados até chegar no destino.
Os passeios ambientais com Fidelis inclui as trilhas
em todos os morros ao derredor da cidade, as lagoas e o rio Parnaíba, no
qual ele ama o passeio de canoa ou lancha até as praias de areias brancas, do
lado piauiense, onde as vezes caminhamos até o bar do Raimundo Miguel.
Quando é final da tarde,
desejosos de caminhar nas praias
fluviais do rio e de vermos tanto o por do sol como o nascer da lua, chegamos permanecer até nove da noite nas croas, tendo conversas com os pescadores, banhando, em harmonia com toda beleza e calmura do lugar.
Tudo com Fidelis é amor afeto,
relação harmoniosa de seres vivos criados por Deus, em um
viver bonito e
com sentido – na filosofia da ecologia
profunda e na compreensão minha, como de
tantos amigos e familiares, que ele assim como todos os animais, deve possuir o
direito garantido da vivência com dignidade e felicidade no mundo de todas as criaturas do Senhor.
SITUAÇÃO DO BRASIL NA PANDEMIA 'CONTINUA A SER DE PREOCUPAÇÃO'
Diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan
afirmou nesta segunda-feira, 3, que a situação do Brasil na pandemia
"continua a ser de muita preocupação". Ao ser questionado sobre o
quadro no País, Ryan lembrou que muitos Estados têm registrados números altos
de casos, com o Brasil tendo cerca de mil mortes diárias na média pela doença
recentemente.
"Suprimir a intensa
transmissão comunitária é o primeiro passo", afirmou Ryan.
Ele insistiu na importância de
haver coordenação entre os governos e as comunidades. "Os governos
precisam fazer sua parte para detectar casos, isolá-los, rastrear contatos
quando for possível e criar condições para que a doença não possa se disseminar
facilmente", apontou, mencionando também que é preciso "evitar
aglomerações".
Ryan lembrou que a lista de
tarefas é "fácil de dizer e difícil de atingir".
Segundo ele, os países com
transmissão intensa da doença têm um "caminho longo" pela frente.
"Não há bala mágica", afirmou, repetindo declaração anterior do diretor-geral
da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no início da coletiva.
O diretor executivo disse que
alguns países precisarão "dar um passo atrás" para reavaliar como
lidam com a pandemia em nível nacional, a fim de suprimir o vírus.
Também presente na coletiva, a
líder da resposta da OMS à pandemia da covid-19, Maria Van Kerkhove, destacou a
importância de se mobilizar recursos para as áreas mais afetadas de um país.
"Há tremendos recursos no Brasil e o desejo de atacar esse problema",
disse, insistindo para que se apliquem as medidas já conhecidas e eficazes para
conter a transmissão, como o uso de máscaras, testagem, etc. "É preciso
que exista capacidade de testar, para se saber onde o vírus está",
ressaltou.
Ainda na resposta sobre o Brasil,
Ghebreyesus disse que os países mais afetados não devem esmorecer. "Nunca
é tarde demais, sigam estratégia abrangente" contra a doença.
Ele lembrou, na coletiva, que os
testes de vacina têm avançado, mas não será possível saber se há vacina eficaz,
nem por quanto tempo, até que eles terminem.
FONTE: MSN Brasil:
sábado, 1 de agosto de 2020RAIMUNDO VAZ E A GERAÇÃO DE CIENTISTAS EM DUQUE BACELAR
Raimundo Vaz, 38 anos, jovem
pesquisador de Duque Bacelar, na tarde de 30 de julho, via aplicativo Google
Meet – devido à pandemia – defendeu sua pesquisa de Especialização em Parasitologia
e Microbiologia pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, cujo título “Fatores
Associados à Distribuição de Leishmaniose Visceral no Município de Duque Bacelar
– MA: Epidemiologia e Vigilância Entomológica de Vetores”, recebeu nota nove
(9), sendo examinada por três doutores e um mestre.
Vaz, formado em Ciências, com
habilitação em Química pela Universidade Estadual do Maranhão/UEMA, a pouco tempo passou a exercer à docência como professor substituto no ensino médio em uma
escola estadual de sua cidade; como também há anos, atua na saúde pela
Secretária de Saúde de Duque Bacelar, justamente na área de parasitas, razão
que o levou abordar a Leishmaniose
Visceral em sua pesquisa de especialização. Aprofundou cientificamente o que
muito na prática do trabalho já vivia.
Sua pesquisa durou um ano e
meio, entre aulas no campus da UFPI em Teresina (no qual viajava nos dias de
sexta, ficando até domingo estudando); juntamente com coletas de campo ( capturando mosquitos, fazendo analise em laboratório,etc.); a escrita dos
resultados e o grande finalmente, a defesa. Sua pesquisa inédita, não somente na cidade que reside, como na região dos morros
garapenses, nos levará compreender muito sobre a
realidade da leishmaniose em Duque.
Vaz faz parte da nova geração
de jovem na cidade de Duque Bacelar que tendo agora acesso a formação superior
(mesmo alguns tardiamente), deseja mais que a graduação e especialização, querem
concluir toda a formação acadêmica e educacional, subindo cada patamar. Ele de origem pobre, filho de agricultores,
planeja agora o Mestrado, sonhando também ser professor em universidades.
Na noite dessa sexta-feira
(31/7) – alguns representantes da Sociedade Amigos do Museu de História Natural
e Ambiental do Vale do Parnaíba/SAMUHNAP - a primeira agremiação científica de
nossa região, torcedores e amigos de Raimundo Vaz, em demonstração de apreço aos
seus esforços e contribuição a pesquisa e ao saber científico regional, lhe ofereceram singela homenagem na sede do MUHNAP, tendo palmas, discursos,
sorvetes, bolos e sucos pelos seus méritos e vitória.
Aos interessados e ler sua pesquisa, a mesma será
disponibilizada on line a quem desejar conhecer, como terá cópia impressa na
Biblioteca do MUHNAP, em Duque Bacelar.
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