Dentre os
muitos filósofos que amavam e conviveram
com cachorros – o alemão Schopenhauer
– foi um dos pensadores que
escreveu marcantes notas sobre o direito
dos animais viverem em dignidade, pois para ele os animais não estão presos em um círculo fechado e inacessível, sendo capazes de sentir os mesmos
sentimentos de alegria, tristeza, dor e sofrimento, felicidade e depressão,
como qualquer humano.
Assim, se referindo a relação entre o homem e
um animal Schopenhauer, afirmou que é reconhecido o caráter de um ser
humano pela sua capacidade de ser bondoso com os animais
– sendo que também pela lógica do
alemão, os que maltratam um animal não poderão ser pessoas bondosas e de bom caráter. Existe
uma máxima que se mede o grau de civilidade de uma comunidade pela forma em que
trata os animais.
Os cachorros, popularmente tidos como os melhores amigos do homem, no qual em partes concordamos, porém,
acreditando também que outros animais são passivos de desenvolver relação verdadeira de afeto com nós humanos, expressando
assim, atos de amor/carinho, em conformidade
com seu temperamento e peculiaridade.
Referindo-se aos gatos, com seu
caráter emocionalmente independente, não
expressando com energia e fidelidade entusiástica para com a gente como fazem os
cães, entretanto, na relação doméstica, são também bastante capazes de manifestar muito amor e carinho ( no seu rosnar, o
lamber de partes de nosso corpo, o
encostar de seu corpo peludo em nossas pernas, até dormir em cima da gente na cama ou rede, fazendo afetivamente) para conosco também. Assim, os pássaros como os
papagaios, macacos e demais bichos também expressão afeto para a gente. Na minha vivência com os índios Krikati, os porcos
do mato domesticados para ser de estimação, expressam um amor tão grande para seus donos, emocionando de ver.
O Fidelis, meu cachorro,
conforme muitos conhecem, não somente é amado de coração,
como sei ser recíproco esse amor por
parte dele. É amor tão interessante de observar, e isso todos tem oportunidade de ver, devido sua obsessão pública de comigo andar
por todos os lugares, participando de tudo, algo que se tornou até folclórico em nossa pequena
cidade.
Francisco Carlos estando em Duque Bacelar, pode contar na certa que
Fidelis estará onde ele estiver: nas Secretárias de Educação, Agricultura,
Saúde, Assistência Social - em todos os
comércios, casas de amigos, nas praças,
até no hospital e posto de saúde, em
reuniões de ambientalistas, aniversários, cultos protestantes e missas católicas, sessão da Câmara Municipal e reunião de sindicato – é fato, ninguém impede o Fidelis de participar e
entrar, sabendo que estou no lugar.
Sua grande paixão da vida e participar da minha vida social, dos meus
passeios e caminhadas. Não é por
que eu queira sempre, ele simplesmente, sabendo
onde estou entra, bate na porta, se não abrirem ele
espera do lado de fora, até eu sair.
Ficou famosa a histórica de um Decreto que a ex-secretaria Lucia Oliveira baixou na SEMED/DB - com
toda razão e direito - somente para impedir do Fidelis, morador vizinho da
secretária, entrar a minha procura,
seguindo meu cheiro. Eu com ela hoje sorrimos dessa história.
Quando eu não sabia que se
podia viajar oficialmente em ônibus com bichos (sendo que pode, desde quer em caixas de
viajar), três vezes - ida e volta para
São Luis - eu com ele viajamos pegando até três veículos fretados até chegar no destino.
Os passeios ambientais com Fidelis inclui as trilhas
em todos os morros ao derredor da cidade, as lagoas e o rio Parnaíba, no
qual ele ama o passeio de canoa ou lancha até as praias de areias brancas, do
lado piauiense, onde as vezes caminhamos até o bar do Raimundo Miguel.
Quando é final da tarde,
desejosos de caminhar nas praias
fluviais do rio e de vermos tanto o por do sol como o nascer da lua, chegamos permanecer até nove da noite nas croas, tendo conversas com os pescadores, banhando, em harmonia com toda beleza e calmura do lugar.
Por do sol no Parnaíba |
Fidelis e a lua - ao alto |
Tudo com Fidelis é amor afeto,
relação harmoniosa de seres vivos criados por Deus, em um
viver bonito e
com sentido – na filosofia da ecologia
profunda e na compreensão minha, como de
tantos amigos e familiares, que ele assim como todos os animais, deve possuir o
direito garantido da vivência com dignidade e felicidade no mundo de todas as criaturas do Senhor.
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