sexta-feira, 28 de agosto de 2020

DUAS AMIGAS – DUAS ALEGRIAS NOS DIAS TRISTES DE PANDEMIA

 

Uma das minhas grandes alegrias da vida são meus amigos e amigas. Os mesmos em diferentes áreas que atuamos na vida social  e ambiental afins, estão comigo, sempre solícitos.

Devo muito aos meus amigos. Muitos deles mais amigos – irmãos que alguns dos falsos irmãos/irmãs biológico que suporto (caluniadores e perseguidores políticos).

Neste final de tarde quente de agosto, triste pela morte de uma conterranea pelo COVID 19,  duas amigas tornaram a boca da noite minha muito feliz.

Francisca Macário, jovem acadêmica de geografia no campus da UEMA em Caxias – MA, que vindo em minha casa me ajudar na tabela de um projeto do MUHNAP, como fazer o instagram de nosso Museu, com seu espirito feminino e educado, fez esse meu coração se alegrar, devido sua  crença pela causa do nosso Museu e disposição em servir. 

                                      Francisca Macário e eu

Enquanto, discutia com Francisca Ações futura ao Museu, Rubens Mesquita vindo de Miguel Alves-PI, me trouxe um lindo livro que há dois anos desejo ler – MIGUEL ALVES, CIDADE DA GENTE – enviado carinhosamente pela amiga Ana Dutra,  professora de história e servidora pública nesta cidade piauense.

Recebi com muita alegria essa obra didática sobre Miguel Alves, rica em ilustrações e fotos coloridas, sobre a história e geografia da cidade.


                                     Rubes Mesquita entregando o livro

Os atos dessas duas amigas - Francisca e Ana - foram as duas grandes alegrias que vivi nestes dias tristes de morte, quentes e cheios de difamações de falsos irmãos/irmãs, dando nos forças para continuarmos.




quinta-feira, 27 de agosto de 2020

LEMBRAÇAS DE DONA ISABEL - 9º Vítima do COVID 19

A primeira lembrança que guardo de Dona Isabel Leitão – a doce dona Isabel – data da enchente de 1985, quando aos seis anos, o rio Parnaíba encheu tanto, chegando à calçada alta de sua casa, situada na Rua Zuza Machado, em frente ao campo Vieirão.  Minha mãe, Maria Moraes, juntamente com dona Hosana Leitão – irmã de Isabel - levaram suas crianças para verem a enchente grande. Chegamos por uma vereda por detrás da casa. Enquanto, elas adultas conversavam sobre o rio e a vida, nós crianças pulávamos da calçada dentro das águas da enchente



                                                                Isabel Leitão  (*1936 +2020)

Recentemente, em pesquisas sobre a história da Escola Antônio Aldir (filho de Isabel, morto aos 16 anos, em 1984, afogado no Parnaíba) soube de toda dor e trauma até então sentida por ela. Dona Isabel viveu com depressão por 38 anos devido à perda de seu filho querida.

Isabel Leitão nasceu em 1936, no povoado Boca da Mata, em Miguel Alves – PI. Seus pais migrantes cearenses fugitivos das secas encontraram refúgio no vale do Parnaíba.  Anos após, com os oito filhos nascidos, vieram morar no Garapa, depois adquiriram terras em Coelho Neto, no povoado Taboca, se fixando  definitivo nessa terra. Na Taboca, Isabel conheçeu o belo jovem Antônio José, donde do casamento nasceram os filhos Caxico (comerciante), Toinha (professora), Oswaldo (comerciante), Célia (professora) e Aldir. Com muito amor seus filhos foram gerados e criados. Na idade escolar dos mesmos, compraram uma casa defronte ao campo, vindos o casal com os filhos morar na cidade Duque Bacelar.

Quando Isabel e os quadros filhos vivos perderam seu Antônio José em 2014, ela ficou algum tempo morando sozinha ajudada por netos ou empregada. Agravando a depressão, a perda da visão, Isabel passou morar com a filha mais velha.

Nas últimas notícias que ouvimos falar de dona Isabel, soubemos que estava com a filha em uma chácara no Mocambo Velho. Ao chegar o novo coronavírus em nossa cidade, Toinha sentiu que sua mãe de 84 anos estava protegida no meio da mata. Porém, o vírus chegou à capital, interiorizou até as sedes dos municípios maranhenses, atingindo também povoados e vilas distantes.

 Nisto, tendo o marido de professora Toinha necessidades de sair da chácara para resolver coisas na cidade, como suas habituais passadinhas em bares, provavelmente foram o primeiro infectado mesmo sem sentir sintomas. Quando perceberam, entre os dias 5/6 de Agosto, todos da casa começaram sentir fraqueza, leves dor no corpo. Fizeram um, dois, três testes em dona Isabel, mas eles não acusavam que ela estava infectada, mesmo se sentindo fraca e com dores no corpo.  Quando, porém, a falta de ar lhe afligiu severamente, tiveram que interna-la no Hospital Presidente Medice. Nos quatros dias hospitalizada seu quadro de saúde foi agravado, sendo levado dia 20 de Agosto para Caxias.

Na tarde do dia 22/8 sem conseguir respirar naturalmente, com o pulmão mais de 50% infectado pelo vírus, ela então foi entubada. Ontem, ao voltar do rio Parnaíba encontro sua filha Célia e ao perguntar pelo estado de sua mãe, recebo a resposta que ela havia partido.  Ainda de luto pela perda de Sálvio Dino, mais triste e mais enlutado fiquei. Em menos de 48 horas, abraçado por duas mortes pelo COVID 19.

Três horas depois da notícia a ambulância da funerária que dona Isabel pagava há anos chegou com ela em nossa cidade. Primeiro parou na casa de sua filha Toinha, a mesma gritava com choro e dor por sua mãe – pedindo desculpa por não ter podido cuidar dela – assim como os irmãos e filhos, netos, sobrinhos e os amigos da comunidade.  Por cerca de 20 minutos a ambulância ficou parada, suas luzes vermelhas coloriam a rua, mas ninguém podia abrir a tampa detras do veículo; não podíamos olhar o rosto de dona Isabel e chorar sobre ele. Ouvi muito comovido, a professora Clélia Lopes chorando perguntar porque isso estava acontecendo com a humanidade.

Saindo o carro branco da funerária da Rua Zeca Barão, dirigiu - se para a casa que dona Isabel morou anos. Fomos seguindo em carros e motos particulares, formando um cortejo fúnebre confuso. Nas ruas e frentes das casas as pessoas da comunidade olhavam tristes.

Na casa de Isabel o carro com ela demorou mais tempo, então os seus vizinhos de anos se juntaram a todos nós que já chorávamos. Diante da situação incomum de não podemos ver nada de corpo, nem o caixão do falecido, protestei ao Mercim - responsável pela Vigilância Epidemiológica -  afirmando que o Estado brasileiro não tinha o direito de proibir as pessoas de ver seus entes queridos, até mesmo o caixão. Edvanilson, um dos netos mais velhos de dona Isabel, pediu que o motorista abrisse a tampa detrás. Assim, vimos o caixão, logo chorando e se comovendo mais ainda.

No cemitério Julião, quando o caixão desceu a cova, perguntei ao Caxico, filho da falecida se o túmulo vizinho era de Antônio Aldir, recebendo resposta positiva.  Enquanto o barro seco cobria dona Isabel dentro do caixão, olhei para o alto, além das estrelas, imaginei então o reencontro dela com seu filho Antônio Aldir, o grande abraço que ela recebeu dele e dos demais ancestrais dela que já haviam partido.

Voltei para casa muito triste,  tendo forte a cena do reencontro dela na eternidade com os seus que amou aqui. Essa será a partir de então a última lembrança que dela  guardaria em minhas memórias.  

                                                                      Isabel  e Carnaúba, foto de 2014.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

BREVE RECORDAÇÕES DO ESCRITOR SÁLVIO DINO


Sálvio Dino (*1932 +2020)


           O escritor Agostinho  Noleto em  conversas travadas na Biblioteca da Academia  Imperatriense de Letras /AIL  me recomendava sempre ir  aonde   Sálvio Dino para  trocamos informações referente a Serra da Desordem - magnífico monumento natural de 18 km de extensão, sendo também um sítio histórico no sul do Maranhão -  onde dentre vários ocorridos houve em seu topo uma batalha sangrenta em 1813 , envolvendo os Krikati e outros timbira com o exército imperial, episórdio esse descrito  no clássico O Sertão.  Sendo Sálvio Dino  estudioso de Parsondas de Carvalho, defensor até de quem realmente foi o autor  da obra citada  fora  o irmão, não  a irmã Carlota, lhe levando  assim a ser   estudioso natural também da Serra da Desordem e seus enigmas. Logo, possuindo alguns documentos do ocorrido bélico, no qual  busco, razão esta de Agostinho Noleto pedir para consultá-lo.

Então, somente dois anos depois de  Noleto ter me pedido para ir falar com Sálvio, estando em Imperatriz no começo de 2019, me desloquei na manhã de 4 de Janeiro  até João Lisboa para  travar contato e a buscar  parceria intelectual com Sálvio, falando-lhe da minha dissertação entre os Krikati e do Projeto Serra da Desordem.  

Muito bem recebido pelo escritor, historiador, político e intelectual Sálvio Dino, contei tudo que sabia sobre a Serra; as explorações feitas e das descobertas inéditas em campo entre os índios, causando   boa impressão em Dino, segundo suas próprias palavras, devido ter a  coragem e desprendimento em pesquisar o tema na própria Serra. Gentil e afável, conversamos um bom tempo temas afins e o mesmo lamentou que tivesse um compromisso agendado em Imperatriz, mas me disse que não poderia mais estando na região  deixar de conversamos, pois o próprio tinha grandes interesses em meu trabalho sobre a Serra, como  muito gostava de diálogos com pessoas que faziam essas pesquisas de campo.  Voltemos juntos em sua caminhonete para Imperatriz, ficando eu no campus da UFMA na cidade.

Como Sálvio Dino tinha dificuldades de leitura em letras miúdas do celular – a idade havia lhe tirado muito da visão - pediu que lhe enviasse recados para seu gentil motorista Nonato.  No qual fiz  algumas vezes.  Um mês depois, fevereiro de 2019, Dino convidado para proferir uma magnífica palestra na Assembleia Legislativa do Maranhão sobre os "184 anos do Poder  Legislativo e a importância histórica das obras raras encontradas no Parlamento", fui prestigia-lo. Depois na confraternização que ocorreu, nós falemos um pouco.

Voltei a Imperatriz em Novembro de 2019 e não pode visitar Sálvio. No corrente ano, devido à pandemia, quando nos preparavamos para voltar ao povo Krikati, fomos impedidos de ir ao território indígena (o COVID 19 então se alastrando,  sendo eu branco,   poderia  ser vetor de contaminação na comunidade indígena), o  tal vírus começava mudar  meus planos, como a normalidade de todos nós.

 Começo de Julho desde ano Nonato, o motorista de Sálvio me enviou uma mensagem de uatizap que  Dino perguntava por mim, querendo voltar às conversas, pois muito tinha gostado de nossas falas. Respondi que a recíproca era a mesma, mas devido à pandemia, estava impedido de ir à região. Pouco depois soube que Sálvio Dino sofre um AVC (me solidarizei através de Nonato), recebendo informação de melhoras do escritor, alegrando-me por isso.


Na manhã desta segunda,  24 de Agosto, a triste notícia da partida de Sálvio Dino,  em consequência da COVID 19, me deixou com  um  sentimento de  perda. Dos escritores da região tocantina que havíamos planejado  trabalhar  pesquisas em conjunto, Adalberto Franklin e ele,   partiram sem concretizarmos os intentos intelectuais - o que é lamentavel - sei que teríamos  usufruido momentos e falas magníficas, tornando minha vida rica de relações pessoais significativas. Ambos eram bons escritores e pesquisadores de primeira grandeza da historiografia sul maranhense - encantadora e riquíssima, no qual  estou conhecendo e enveredando em algumas de suas temáticas.

Assim triste, concluo desejando:

Descanse em paz confrade Sálvio Dino. Com louvor cumpriste sua missão  terrena.

sábado, 8 de agosto de 2020

EM NOME DO PAI - AÇÃO SAÚDE DA DROGARIA ROSA DE SARON

 

A Drogaria Rosa de Saron, em Duque Bacelar, está promovendo neste domingo (9/8) dia dos pais uma Ação Saúde para homenagear os pais da cidade e região.

A programação rica e diversificada incluirá um café da manhã para os presentes, sorteios de prêmios, mais dicas de saúde orientada por médicos e enfermeiros, com avaliação com nutricionista, aferição de pressão, teste de diabete.

A Ação Saúde terá início a partir das 7h horas da manhã se estendendo até o meio dia de domingo.

 

EM NOME DO PAI

O empresario Adaildo Lisboa (40), proprietário da Drogaria Rosa de Saron, é jovem empreendedor que de menino pobre sonhou mudar sua realidade. Disciplinado, responsável e pacífico, sendo empregado em lojas e drogarias locais, após ser experiente no ramo de drogarias, há 13 anos montou a sua própria drogaria que mesmo com grandes concorrentes surgidas depois, se mantem firme, funcionando em um ambiente organizado e aconchegante.

Nestes anos, sempre comemorou os dias das mães, em homenagem as donas do lar. Ano passado, em outubro, o empresário Adaildo perdeu aos 79 anos seu pai, o que lhe traz ainda um vazio por sua partida a eternidade.

É neste misto de tristeza pelo amor paterno ausente em seu coração, ele decidi homenagear não somente a vida de seu pai que muito o marcou, como a todos os pais da cidade e região, pois um verdadeiro pai para Adaildo é um provedor, companheiro e amigo.

João Batista (pai) e o empresario Adaildo Lisboa.

    

 

 

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

23 PESSOAS CONTAMINADAS EM DUQUE PELO COVID 19

        Nestes três últimos dias o número de pessoas se recuperando em Duque Bacelar do COVID 19 tem sido  significativo. No Boletim Epidemiológico do dia 4/7 tínhamos 32 pessoas ativas - contaminadas, com 19 suspeitas.
    No Boletim Epidemiológico de ontem  dia 5/7 tínhamos 30 pessoas ativas - contaminadas, com 15 suspeitas.

    No Boletim de hoje (6/7) temos 23 pessoas ativas - contaminadas, com 19 suspeitas, com aumento de 4 pessoas suspeitas. Em três dias 9 pessoas se recuperam da contaminação.
Assim, com o resultado de hoje - Duque Bacelar - passa ser o município menos infectado das cidades da APA dos Morros Garapenses.


terça-feira, 4 de agosto de 2020

32 INFECTADOS PELO COVID 19 EM DUQUE


A curva do nível da contaminação em Duque Bacelar vem  diariamente  diminuindo.
Nos Boletins de domingo (2/agosto) e segunda (3/agosto) notificam  35 casos de ativos contaminados em recuperação, sem ninguém hospitalizado.





No Boletim de hoje -  terça (4/agosto), temos 32 pessoas ativas contaminadas, sendo que delas 18 estão  na sede do município e 14 pessoas em 11  dos  20 povoados que foram infectados.
Continuemos na luta contra o vírus – ainda  mortal e crescendo, infelizmente, em diversas cidades e estados do Brasil.
Assim, ainda não deixando o uso de Máscaras,  isolamento social e distanciamento permanente, com a  higienização do corpo.



segunda-feira, 3 de agosto de 2020

FIDELIS - A VIDA DE UM CÃO NA SOCIEDADE BACELARENSE


Dentre os muitos filósofos que amavam e  conviveram com cachorros – o alemão Schopenhauer     foi um dos pensadores que escreveu marcantes notas sobre o  direito dos animais viverem em dignidade, pois para ele os animais  não estão  presos em um círculo fechado e inacessível, sendo capazes de sentir os mesmos sentimentos de alegria, tristeza, dor e sofrimento, felicidade e depressão, como qualquer humano.
 Assim, se referindo a relação entre o homem e um animal Schopenhauer,  afirmou que é reconhecido o caráter de um ser humano  pela sua  capacidade de ser bondoso com os animais –  sendo que também pela lógica do alemão, os que  maltratam  um animal não poderão  ser pessoas bondosas e de bom caráter. Existe uma máxima que se mede o grau de civilidade de uma comunidade pela forma em que trata os animais.
 Os cachorros,  popularmente tidos  como os melhores amigos do homem,  no qual em partes concordamos, porém, acreditando também que outros animais são passivos de  desenvolver relação verdadeira de afeto  com nós humanos, expressando assim, atos de  amor/carinho, em   conformidade com seu temperamento e peculiaridade.


Referindo-se aos gatos,   com  seu caráter  emocionalmente  independente,  não  expressando com energia e fidelidade entusiástica para com a gente como fazem os cães,  entretanto,  na relação doméstica, são também bastante capazes de manifestar   muito amor e carinho ( no seu rosnar, o lamber de   partes de nosso corpo, o encostar  de seu corpo peludo em nossas pernas,  até dormir em cima da gente   na cama ou rede,   fazendo afetivamente) para conosco também. Assim, os pássaros como os papagaios, macacos e demais bichos também expressão afeto para a gente. Na minha vivência com os índios Krikati, os porcos do mato domesticados para ser de estimação, expressam  um amor tão grande para seus donos,  emocionando de ver.
 O Fidelis, meu  cachorro,   conforme muitos  conhecem, não somente é amado  de coração,  como sei ser  recíproco esse amor por parte dele. É amor tão interessante de observar, e isso todos tem oportunidade  de ver, devido sua obsessão pública  de comigo andar por todos os lugares, participando de tudo, algo que se tornou até folclórico  em nossa pequena cidade. 
Francisco Carlos estando em Duque Bacelar, pode contar na certa que Fidelis estará onde ele estiver: nas Secretárias de Educação, Agricultura, Saúde, Assistência  Social - em todos os comércios, casas  de amigos, nas praças, até no  hospital e posto de saúde, em reuniões de ambientalistas, aniversários, cultos protestantes  e missas católicas, sessão da Câmara Municipal e reunião de sindicato – é fato, ninguém impede o Fidelis de participar e entrar,  sabendo  que estou no lugar.
Sua grande paixão da vida e participar da minha vida social, dos meus passeios e caminhadas.  Não é por que  eu queira sempre, ele simplesmente, sabendo onde  estou  entra, bate na porta, se não abrirem ele espera do lado de fora, até eu sair.  Ficou famosa a histórica de um Decreto que a ex-secretaria Lucia Oliveira baixou na SEMED/DB - com toda razão e direito - somente  para impedir do Fidelis, morador vizinho da secretária, entrar  a  minha procura, seguindo meu cheiro.   Eu com ela hoje sorrimos dessa história.
Quando eu não sabia que se  podia viajar oficialmente em ônibus com bichos (sendo que pode, desde quer em caixas de viajar),  três vezes - ida e volta para São Luis - eu com ele viajamos pegando até três veículos fretados até chegar no destino.
Os passeios ambientais com Fidelis inclui  as trilhas  em todos os morros ao derredor da cidade, as lagoas e o rio Parnaíba, no qual ele ama o passeio de canoa ou lancha até as praias de areias brancas, do lado  piauiense,  onde as vezes caminhamos até o bar do Raimundo Miguel.


Quando é  final da tarde, desejosos  de caminhar  nas praias  fluviais do rio e  de vermos tanto  o por do sol como  o nascer da lua,  chegamos  permanecer até nove da noite nas croas,  tendo conversas  com os pescadores, banhando, em harmonia com toda beleza e calmura do lugar.

Por do sol no Parnaíba


Fidelis e a lua - ao alto


Tudo com Fidelis  é amor afeto, relação  harmoniosa de  seres vivos criados por Deus, em um viver  bonito   e com  sentido – na filosofia da ecologia profunda  e na compreensão minha, como de tantos amigos e familiares, que ele assim como todos os animais, deve possuir o direito garantido  da vivência  com dignidade e felicidade no mundo  de todas as criaturas do Senhor.





SITUAÇÃO DO BRASIL NA PANDEMIA 'CONTINUA A SER DE PREOCUPAÇÃO'


  

  
Diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan afirmou nesta segunda-feira, 3, que a situação do Brasil na pandemia "continua a ser de muita preocupação". Ao ser questionado sobre o quadro no País, Ryan lembrou que muitos Estados têm registrados números altos de casos, com o Brasil tendo cerca de mil mortes diárias na média pela doença recentemente.
"Suprimir a intensa transmissão comunitária é o primeiro passo", afirmou Ryan.
  Ele insistiu na importância de haver coordenação entre os governos e as comunidades. "Os governos precisam fazer sua parte para detectar casos, isolá-los, rastrear contatos quando for possível e criar condições para que a doença não possa se disseminar facilmente", apontou, mencionando também que é preciso "evitar aglomerações".
    Ryan lembrou que a lista de tarefas é "fácil de dizer e difícil de atingir".
   Segundo ele, os países com transmissão intensa da doença têm um "caminho longo" pela frente. "Não há bala mágica", afirmou, repetindo declaração anterior do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no início da coletiva.
   O  diretor executivo disse que alguns países precisarão "dar um passo atrás" para reavaliar como lidam com a pandemia em nível nacional, a fim de suprimir o vírus.
Também presente na coletiva, a líder da resposta da OMS à pandemia da covid-19, Maria Van Kerkhove, destacou a importância de se mobilizar recursos para as áreas mais afetadas de um país. "Há tremendos recursos no Brasil e o desejo de atacar esse problema", disse, insistindo para que se apliquem as medidas já conhecidas e eficazes para conter a transmissão, como o uso de máscaras, testagem, etc. "É preciso que exista capacidade de testar, para se saber onde o vírus está", ressaltou.
  Ainda na resposta sobre o Brasil, Ghebreyesus disse que os países mais afetados não devem esmorecer. "Nunca é tarde demais, sigam estratégia abrangente" contra a doença.
  Ele lembrou, na coletiva, que os testes de vacina têm avançado, mas não será possível saber se há vacina eficaz, nem por quanto tempo, até que eles terminem.

FONTE: MSN Brasil:

sábado, 1 de agosto de 2020

RAIMUNDO VAZ E A GERAÇÃO DE CIENTISTAS EM DUQUE BACELAR


Raimundo Vaz, 38 anos, jovem pesquisador de Duque Bacelar, na tarde de 30 de julho, via aplicativo Google Meet – devido à pandemia – defendeu sua pesquisa de Especialização em Parasitologia e Microbiologia pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, cujo título “Fatores Associados à Distribuição de Leishmaniose Visceral no Município de Duque Bacelar – MA: Epidemiologia e Vigilância Entomológica de Vetores”, recebeu nota nove (9), sendo examinada por três doutores e um mestre. 
                               
Raimundo  Vaz


      Vaz, formado em Ciências, com habilitação em Química pela Universidade Estadual do Maranhão/UEMA, a pouco tempo passou a exercer à docência como professor substituto no ensino médio em uma escola estadual de sua cidade; como também há anos, atua na  saúde pela Secretária de Saúde de Duque Bacelar, justamente na área de parasitas, razão que o levou abordar a Leishmaniose Visceral em sua pesquisa de especialização. Aprofundou cientificamente o que muito  na prática do trabalho já vivia.

Sua pesquisa durou um ano e meio, entre aulas no campus da UFPI em Teresina (no qual viajava nos dias de sexta, ficando até domingo estudando); juntamente com coletas de campo ( capturando mosquitos, fazendo analise em laboratório,etc.); a escrita dos resultados e o grande finalmente, a defesa. Sua pesquisa inédita, não somente na cidade que reside, como na região dos morros garapenses,  nos levará compreender muito sobre a realidade da leishmaniose em Duque.

Montagem da Armadilha para pegar o mosquito da Leishmaniose Visceral

Montagem da Armadilha em diferentes lugares


Armadilha luminosa

Vaz faz parte da nova geração de jovem na cidade de Duque Bacelar que tendo agora acesso a formação superior (mesmo alguns tardiamente), deseja mais que a graduação e especialização, querem concluir toda a formação acadêmica e educacional, subindo cada patamar.  Ele de origem pobre, filho de agricultores, planeja agora o Mestrado, sonhando também ser professor  em universidades.

VAZ com pesquisadores no Laboratório da Universidade
Na noite dessa sexta-feira (31/7) – alguns representantes da Sociedade  Amigos do Museu de História Natural e Ambiental do Vale do Parnaíba/SAMUHNAP - a primeira agremiação científica de nossa região, torcedores e amigos de Raimundo Vaz, em demonstração de apreço aos seus esforços e contribuição a pesquisa e ao saber científico regional, lhe ofereceram singela homenagem  na sede do MUHNAP, tendo palmas, discursos, sorvetes, bolos e sucos pelos seus méritos e vitória.

Raimundo Vaz em discurso aos Membros da Sociedade Amiga do MUHNAP

Alguns membros da SAMUHNAP -  dentre os cientistas Diego Aguiar (Mestre em Física), Francisco Carlos (Mestre em Ciências Ambientais) - que homenagearam Raimundo Vaz

   Aos interessados e ler  sua pesquisa, a mesma será disponibilizada on line a quem desejar conhecer, como terá cópia impressa na Biblioteca do MUHNAP, em Duque Bacelar.

Mosquito Leishmaniose Visceral visto por VAZ no miscroscópio