sexta-feira, 27 de novembro de 2020

NO FESTIVAL CULTURAL RAÍZES – PI O MUHNAP CONTRIBUI COM A DIFUSÃO CIENTÍFICA NA REGIÃO DO BAIXO PARNAÍBA

Em 15 minutos ao deixarmos a cidade de Duque Bacelar - MA já estávamos dentro da barca de travessia do rio Paranaíba, encarada pela equipe do MUHNAP como  boas vindas e boa sorte, pois  estando  aportada no lado maranhense - como se nos esperando  - favoreceria não  perdermos muitos tempos na espera da barca, diante do horário a cumprir da missão de nossa viagem. Então, os componentes animados com a viajem para a cidade de Lagoa Alegre, no Piauí – todos membros da Sociedade Amiga do Museu de História Natural e Ambiental do Vale do Parnaíba/SAMUHNAP – sendo estes: Francisco Carlos Machado, Anunciação Castro, Carlos Junior e o motorista da prefeitura Edmar,  que dirigia para a equipe. Assim, com a crença de que teríamos boa viajem, alimentada  pelo clima de um pequeno sereno, na manhã de domingo de 22 de novembro, cheguamos logo em Miguel Alves, onde nos esperava   a historiadora Hosana Tavares, amiga do MUHNAP nesta cidade,  pois indo  conosco representaria  sua cidade, e, logo ao se juntar aos companheiros   seu otimismo, gentileza e boa prosa que cultiva, contagia a todos nós do grupo. 

 

Na Barca - atravessando o rio Parnaíba rumo ao Piauí.

A ida ao Festival Cultural Raízes possuía também a missão de fazer um diagnóstico de um possível  sítio de madeira fossilizada na bacia sedimenta parnaibana, a pedido de pesquisadores e historiadores da cidade de União – PI, que também amigos do MUHNAP, há dias vinham dialogando conosco sobre essa  suposta ocorrência dos fósseis vegetais em seu município. Um guia nesta cidade nos levaria ao lugar. E estando no mesmo  Francisco Carlos confirmou ser os troncos de fatos silificados, tendo alguns metros de largura e comprimentos, outros pequenos, ainda soterrados, em seu estado original. A existência desse novo sítio fóssil em União prova a realidade de muito outros no vale do Parnaíba, ocorrências vindas desde Filadélfia-TO, indo até Picos-PI.

                                          

Tronco fossilizado  em União - PI


O Festival Raízes tendo a organização dos jovens poetas, acadêmicos Thiago Inácio, Vanessa Diniz e Daniel Oliveira – ambos ativistas culturais e intelectuais de Lagoa Alegre, que também desenvolvem permanentes um Projeto de resgate de história  no município “Lagoa Alegre Memórias”, cuja síntese é a valorização e o conhecer da história e a identidade sócio – cultural dos cidadãos deste lugar. O Projeto tomou um fôlego maior, com a manutenção permanente do sítio na internet – o Museu Virtual de Lagoa Alegre/ MVLA – possuindo diversas exposições e documentários  de  personalidades históricas da cidade, como mostra de artes, poesia/poetas e as belezas naturais do lugar. Lagoa Alegre pulsa em memórias e resgate de si mesma com o empreendedorismo cultural desses jovens intelectuais.

 

Daniel Oliveira, poeta Éverto Lopes, Cineide - Lider da Comunidade Deus da Vida;
Thiago Inácio e Vanessa Diniz.

                              

Buscando conexão e parcerias com as cidades circunvizinhas do baixo Parnaíba maranhense e piauiense, no objetivo de resgatar nossas origens e formações comum da história natural e ambiental, o MUHNAP chegou no tempo preciso à Chácara Deus da Vida, localizada entre a cidade Lagoa Alegre e José de Freitas,  conseguindo assim montar seus quadros expositores contendo maquetes de dinossauros, coleções de ossos, peixes, gastrópodes e dentes de animais pré - históricos, além de coleções de rochas e pedras semipreciosas e quadros, apresentando artefatos do mundo inteiro, como:  areia do deserto do Saara, águas do rio Jordão e Mar da Galileia, lava solidificada de vulcão e objetos artísticos de diversos povos indígenas do Brasil, destacando o Krikati. O Festival Raízes também trouxe mostra de exposições de artes em pneus, latas de aluminio de refrigerante, brechó solidário, plantas ornamentais, objetos antigos através do MVLA, tendo discussão e palestra sobre racismo, apresentação de uma antologia de poetas da cidade e sarau com declamação de poemas, apresentação musicais de artistas da região.

  

                                                     



Thiago Inácio interagindo com material da exposição.
Um pacará dos índios Krikati

Pelo livro de visitas e animação dos presentes pelo que viram na Exposição do Museu de História Natural e Ambiental do Vale do Parnaíba, sendo portanto a mais visitada, recebendo por isso boas críticas e elogios dos organizadores do evento Raízes, como das pessoas de Teresina, José de Freitas, Lagoa Alegre e União, mais os   moradores de povoados e fazendas vizinhas ao santuário Deus da Vida.

 

Os expositores Francisco Carlos Machado, Hosana Tavares e Anunciação Castro também se sentiram muito gratificados pela educação, perguntas e receptividade dos visitantes, como satisfeitos com o fortalecimento do Museu Virtual de Lagoa Alegre e Projeto Memórias, compreendendo que esses intercâmbios não somente fortalecem a cultura acadêmica, o resgate do passado comum dos municípios do Baixo Parnaíba, como a pesquisa e as descobertas científicas, juntamente  com os talentos para as artes em geral.

 

Historiadora Hosana Tavares, Francisco Carlos e visitantes da Exposição 



Da esquerda para direita: Vanessa Diniz, Cineide, Francisco Carlos, Hosana Tavares, Thiago  Inácio, Carlos Júnior, Anunciação Castro e Edmar. 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

ARTISTAS E ESPAÇOS CULTURAIS DISCUTEM AUXÍLIO EMERGÊNCIAL EM DUQUE BACELAR

 

Desde agosto representantes do MUHNAP - Museu de História Natural e Ambiental do Vale do Parnaíba - começaram um diálogo intensificado com a Secretaria Municipal de Cultura e Educação de Duque Bacelar para os gestores da pasta aderirem ao Auxílio Emergencial  Aldir Blanc, criado pelo Governo Federal, através da  Lei 14.017 29 de junho 2020 que destina 3 bilhões de reais para apoiar o setor cultural brasileiro nos  estados e municípios, sendo que este foi o setor mais prejudicado pela pandemia do COVID 19. Ao município de Duque Bacelar está destinado 94 mil reais para ser distribuído entre os espaços e grupos culturais locais, como iniciativas culturais através de editais, bolsas e prêmios.

Roda de conversa com o Secretário Martinho Marques e produtores culturais de Duque Bacelar sobre o estado do repasse do Auxílio Cultural para os grupos e espaços culturais locais

Assim, ainda em agosto se formou uma Comissão de pessoas da sociedade civil e poder PÚBLICO, fazendo algumas reuniões, discutindo como o município poderia se cadastrar na Plataforma Brasil, criar um plano de Ação, porém, com o acirramento das disputas eleitorais locais e envolvimento de pessoas da comissão (a mesma até deixou de fazer reunião) houve atraso de demandas e somente em 15 de outubro, último prazo para adesão do município, se conseguiu se cadastrar para receber recursos.

Hoje (23/11) faltando menos de um mês e sete dias para o término da atual gestão municipal, alguns artistas animados  pelo MUHNAP tiveram a primeira reunião com o secretário Martinho Marques, no  auditório da SEMED. Antes, porém, se reuniram na sede do Museu para articular as ações coletivas. Em  fala o secretário Martinho  após explicar pontos da Lei Aldir Blanc para os 15 artistas presentes, afirmou que se fará o esforço devido para ainda neste mês o edital ser enfim lançado,  os espaços e grupos culturais, com demais expressões culturais devidas locais serem chamadas   sendo contempladas com esse recurso, vindos assim fortalecer suas atividades, interrompidas com o COVID -19.
    Vale ressaltar que municípios como Miguel Alves que avançaram com a implantação da Lei Aldir Blanc, os espaços e grupos culturais já foram contemplados com os recursos através de bolsas e prêmios.

Aqui em Duque Bacelar a gestão atual não pode mais demorar com a publicação do edital e chamamento cultural, correndo agora contra o tempo para os artistas, seus grupos e espaços culturais existentes na cidade não esperarem tanto, nem fiquem com falsas esperanças.

Reunião no MUHNAP