quarta-feira, 25 de maio de 2011

CONVITE PARA I ENCONTRO LITERÁRIO APA DOS MORROS GARAPENSES

I ENCONTRO LITERÁRIO  
APA DOS MORROS GARAPENSES

   O CONAMG - Conselho da APA DOS MORROS GARAPENSES, juntamente com a ABAMA, convidam você para o Encontro Literário da APA, que acontecerá dia 11 de Junho de 2011, em Coelho Neto, no Auditório Municipal- Av. Cordeiro de Faria/ Centro.
         Teremos a presença dos escritores, poetas e artistas da região, e diversos de São Luis e do Piauí.
          Vamos lá. Todos juntos pela educação, cultura e o Meio Ambiente Natural da APA DOS MORROS GARAPENSES.

terça-feira, 17 de maio de 2011

O MOVIMENTO LITERÁRIO NA APA DOS MORROS GARAPENSES - UM RELATO DA NOVA REALIDADE QUE COMEÇOU

                                                   “Sonho que se sonha em conjunto é a realidade que começa”

                          Sem dúvida o movimento literário na APA dos Morros Garapenses tornou-se uma realidade. O mesmo já é sentido nas personalidades que o vivem e se engajam na sua construção.                                     
                          Leiam este relato:
                          -No dia 6 de Maio, por volta das 10: 30 da noite, o  Corsa classic dirigido pelo esportista Alan Borges, filho do poeta Zé Borges furou o pneu na BR 135, distante uns 7 km da cidade de Santa Rita. Aliandro Borges, irmão do motorista e eu, logo sairmos na escuridão buscando pedras que servissem para sustentar o macaco no levantar o veículo no encostamento úmido. Depois do esforço preciso, o pneu furado é substituído e a viagem continua até Buriti, onde na manhã do dia 7, Aliandro participaria de uma Audiência sobre o piso salarial dos professores municipais, colhendo notícias para seu Blog Correio Buritiense, e eu estaria em Duque Bacelar preparando e recepcionando poetas, escritores, intelectuais, artistas e ambientalistas  da APA num encontro literário. Na tarde desse mesmo dia, em São Luis, estive com Aliandro Borges na sede do Jornal Pequeno em reunião com os poetas Alberico Cordeiro, Antonio Ailton e Bioqui Mesito, discutindo e pedindo apoio moral e intelectual  para o Movimento Artístico Literário na região dos Morros Garapenses, compreendendo que o sucesso do mesmo, intrinsecamente, se dará pelo apoio e diálogos com as personalidades literárias da capital e das demais regiões do Estado.Entretanto, discutíamos também que tal Movimento e o alcançar de seus objetivos só serão possíveis com a unidade e o trabalho coletivo dos talentos artísticos e literários locais. Desde modo, quando recebi o Carlos Machado, o mais famoso jornalista da região, vindo de Coelho Neto com sua equipe de TV para registrar o evento, onde  vendo o mesmo encontrar no recinto do Clube Pingo D’água o poeta popular  Chico Murici, o cronista Lázaro Matos, o ambientalista João Cesário e políticos como o Chico Carnaúba e José de Deus, percebo que a caminhada havia começado. Dentro  em pouco, mais  abamistas e conselheiros do CONAMG, vindos de Duque e Coelho Neto, como o Secretário-Executivo Gilson Moraes, que trouxera sua esposa Tereza, o Maestro Adelino e a cantora Raquel Santos, completando esses o quadro de personalidades do encontro. E mais dessas personalidades chegavam, os professores e compositores Antonio Araújo, Bené Gomes e Josué Araújo, esse representando a UEMA local. Enquanto todos chegavam, no microfone se declamavam versos de Lili Lago, Zé Borges, Vilmar Machado e Felipe Neres, ambos bons poetas regionais. Dois deles ausentes por compromissos pessoais e dois ausentes pelo abraço da morte.
                            Nisto é facultada a palavra para o cronista e também secretário de Cultura Lázaro Matos, que defendendo a importância do evento pede depois da sua fala para a ambientalista Noeme Rocha ler um texto em versos de sua autoria feito para a ocasião. Por sua vez, o poeta Chico Murici declama seus próprios versos, dizendo:

                                                       Quis encontrar companheiros
                                                          para não cantar sozinho.
                                                       Não encontrei nem pobre, nem rico,
                                                       nem homem culto, nem o filho do visinho.
                                                       Como não encontrei ninguém
                                                       Cantei com os passarinhos.

                                 Realmente, durante muitos anos esse poeta garapense cantou e viveu sua poesia solitário, num anonimato desestimulante. Porém, essa página branca cultural e existencial de sua vida é agora deixada pra trás, pois pretendemos escrever outras páginas com vivências poéticas e intelectuais, para o mesmo não cantar mais sozinho. Assim, como prova e demonstração deste acreditar meu, logo após o Murici declamar seus versos, chegou ao recinto uma equipe de acadêmicos de Letras, que futuramente poderão estudar os versos deste Patativa garapense, registrando que sim, valeu apena ele cantar solitário com passarinhos e com os homens também.
                                  No salão do Clube Pingo D’água um circulo grande de cadeiras plásticas fora organizado para os convidados sentirem o círculo grande de amizades regional que se passava conviver desde então com a realidade da APA dos Morros Garapenses. Tendo à direita deste circulo uma mesa com mostra de autores dos municípios de Buriti, Duque, Coelho Neto que já publicaram livros, comprovando a realidade de intelectualidade da região. E um varal de barbante com poemas de Elian e Eliram Sousa, Lulu, Abraão Ribeiro, Senhorinha, Moacir Viana, Felipe Neres, Chico Murici, Zé e Aliandro Borges, Vilmar e Francisco Carlos Machado, todos dos Morros Garapenses. Vez por outro, brisas do Parnaíba, tão presente e perto, balançavam esses poemas estimulando seus autores a publicá-los. ASSIM, enquanto não chegava à típica feijoada, uma nova rodada de poemas com a temática “Mãe” escritos por Lurdes Bacelar Viana, Felipe Neres, Vilmar e José Machado são declamados. O Seu Carnaúba ouvindo o poema “Dona Bernada”, em homenagem a sua mãe, se emociona e chora. A poesia estava cumprindo o seu papel de emocionar.
                                Chega então à esperada feijoada trazida pela ambientalista Noeme Rocha, que fora feita pela professora Rita Gomes. Organiza-se uma mesa em frente para colocar os tachos e pratos, e com fome os presentes se dirigem a mesa, servindo-se. Enquanto todos se deliciam (estava muito gostosa a feijoada), se ouvia como música ambiente versos de Drummond na voz do ator Paulo Autran. E o momento ficou bem melhor com barriga cheia; mais ainda com a chegada atrasadíssima dos poetas de Buriti, Lulu e Aliandro Borges, junto com os amigos Alex Borges, Eduardo, Gilson Lima e Reginaldo Furtado, que passam também a degustar a feijoada.
                                E dando continuidade ao nosso encontro, com todos bem saciados, educadamente sentam-se para ouvir a cantora Raquel Santos apresentando duas belas canções “ Ilha do Bambu ”  e “ O Bordado “, letra premiada no festival SESI, composta por seu esposo Maestro Adelino, que também acompanhava  no violão a cantora. Depois fora feito um sorteio de mais de vinte livros de autores maranhenses, onde a expectativa e alegria geral tomaram a todos,   esperançosos de ganharem um dos exemplares. O grande círculo de cadeiras plásticas fechou-se um pouco após o sorteio e os presentes ouviram meu pequeno discurso da realidade da APA DOS MORROS GARAPENSES e dos benefícios que a mesma poderá trazer para o desenvolvimento sócio-sustentável das nossas comunidades se houver um real engajamento e unidade dos seus cidadãos. Assim, em discussão os presentes aprovaram a organização de um maior Encontro Literário para o dia 11 de Junho do corrente ano em Coelho Neto, envolvendo todas as comunidades dos quatros municípios da APA. Desfeito o círculo, os poetas, músicos, escritores e ambientalistas presentes se despediram mutuamente, voltando para suas casas e cidades contentes e satisfeitos pelo encontro.
                                  Como falei no início, “o movimento literário na APA DOS MORROS GARAPENSES tornou-se uma realidade”, e através dele muitas coisas de bom se fará em favor da vida, talentos e dons dos artistas de Buriti, Coelho Neto, Afonso Cunha e Duque Bacelar. Unamos-nos e desejamos com afinco essa nova realidade.

                                    Soli Deo Gloria


                                                                                 Francisco Carlos Machado  

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Em favor do Movimento Literário na APA dos Morros Garapenses

         Como todos sabem estou comovido e também motivado na pesquisa em andamento sobre os poetas e intelectuais da APA DOS MORROS GARAPENSES, o que me fez tomar a decisão de trabalhar em prol dessa classe, pois tal pesquisa me estimula e obriga-me a agir. Assim, busco ações para desenvolver em favor das pessoas vocacionadas para vida intelectual e literária da região, pois nada até agora fora feita em favor dessa classe social de forma sistemática e permanente, no estimulo de seus talentos literários e intelectos.
               Em conversas com os envolvidos já discutimos a necessidade de diálogos, trabalhos e encontros mais freqüentes, única maneira de surgi uma unidade e um movimento entre os intelectuais, escritores e poetas locais para fortalecimento das intenções e sonhos de publicações nos municípios de Buriti, Coelho Neto, Duque Bacelar e Afonso Cunha se sucederem.  Entre os poetas e escritores, os artistas de forma geral, é preciso haver aproximação. Sabemos que a realidade local é desestimuladora a intelectualidade e ao desenvolvimento dos dons e talentos das pessoas com essas afinidades, pois a pobre economia da região, o preconceito e ignorância de muitos, junto com a falta de visão e compromissos dos prefeitos municipais em não fazer políticas publicas para uma cultura acadêmica sólida e vivaz, dificultam e estagnam muitas coisas. Porém, é preciso superar essa realidade.
              Temos que mudar isso, pois a intelectualidade e o pensar, o desenvolvimento de talentos não pode ser desencorajado de ninguém. Devemos e podemos fazer uma mudança cultural dentro do mundo social dos poetas e escritores da região da APA DOS MORROS GARAPENSES, em atos recíprocos e estimuladores, em cooperação de todos por todos, dentro das peculiaridades e possibilidades de cada um.  Devemos agir pela arte e para a arte, pelo povo e para sua dignidade, para a luta em prol das vidas dos animais e vegetais, dos ecossistemas ambientais, e principalmente, para o bem vencer nesta parte do mundo. Nós sairemos do anonimato artístico e da não existência do desenvolver de nossas artes acreditando nisso. A minha articulação entre vocês se dará na defesa dessas questões.            
               O não acontecer dessa mudança entre os intelectuais e os artesões das letras da região continuará proporcionando que a cultura e a educação regional perda, pois os intelectuais e os artistas da palavra desenvolvidos e produzindo, enriquecem nossa educação e a cultura, visto que eles são os responsáveis dentro da sociedade de pensar e registrar a história em todas as suas dimensões antropológicas, religiosas e culturais, assim como de criar e levar poesia, contos, crônicas, os textos em geral para o povo, fazendo e deixando uma cultura literária para a sociedade. As lendas e folclores, o ambiente natural, os casos, as biografias e autobiografias, as trajetórias das pessoas, povoados, famílias, os acontecimentos e eventos marcantes destes quatros municípios com sua marca civilizatória não devem se perde no tempo, sem que acha um registro escrito,  única maneira do passado e da existência deles continuarem vivos. Devemos formar um movimento, pensar e executar estratégias de como, dentro do tempo preciso e hábil, se sucederá isso, pois nosso passado e nossas histórias com todos os seus episódios e ações devem  ficar preservados em textos escritos por nós. Desejo assim que contribuamos com a educação e a cultura do nosso povo e peço que trabalhemos em conjunto para que seja na região uma educação e uma cultura que os estimulem a serem criativos, felizes, fortes e ricos materialmente, como também, e principalmente, espirituais, nas práxis da generosidade e do amor para consigo mesmos e para que a vida existente nos quatros municípios seja respeitada.
                 No passado, na região, não precisamente nos quatro municípios da APA dos Morros Garapenses, mas bem perto de nós, em Caxias, Chapadinha e Brejo, intelectuais, escritores e poetas como Gonçalves Dias, Coelho Neto, Vespasiano Ramos, Teixeira Mendes, César Augusto Marques, Afonso Cunha, Mata Roma, Bernado Almeida, dentro outros, propuseram desenvolver seus dons e talentos, e sabemos o que isso causou no Maranhão, no Brasil e no mundo para a educação e a cultura. E como somos orgulhosos em saber que eles eram da região. E sendo preciso e justo, Milson Coutinho, Vera Cruz Santana, Lili Lago, Linhares Araújo e alguns outros, saindo da cidade de Coelho Neto, Buriti e Duque Bacelar, contribuíram e continuar a enriquecer no presente as letras da região da APA dos Morros Garapenses e do Maranhão de forma positiva. Neles, vejam, já temos nomes para nos espelhar e nos motivar para a criação do movimento literário nos quatro municípios.
                  A região do baixo Parnaíba é a que mais contribui com o Maranhão para existência da literatura vinda de regiões, e com nosso movimento tomando corpo e sistematicamente sendo organizado com dinamismo, continuará essa contribuição com uma característica e história nova, com um norte peculiar. Temos talentos nos quatros municípios para tanto. Minha pesquisa e estudos da intelectualidade e dos poetas para formar a antologia da APA demonstram e provam esse texto. Entretanto, isso realmente só se tornará possível com o desejar e compromisso engajado de todos os envolvidos, no querer sincero e trabalhoso de desenvolver seus talentos literários. E isso sucederá sim, senhor.

                                                                                                              Francisco Carlos Machado

sexta-feira, 29 de abril de 2011

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DOS MORROS GARAPENSES - II ANOS

              Aos Conselheiros, voluntários, amigos e a população da APA dos Morros Garapenses

                    Só agora, duas semanas depois das comemorações dos dois anos de criação da APA dos Morros Garapenses, ocorridas nos dias 21 a 25 de Março, que consigo um tempo para formalmente expressar meus agradecimentos a todos os Conselheiros, voluntários e aos amigos de nossa APA em Duque Bacelar, Coelho Neto, Buriti, Afonso Cunha, no Brasil afora; e ao Departamento de Unidade de Conservação da SEMA-MA, enfatizando a pessoa de Yassodhara Brandão, Presidente do Conselho da APA que passou sonhar conosco mais ainda pelo bem da Unidade. Quero também com esse texto falar algo mais.
                     Motivo-me escrever a todos vocês como um dos primeiros sonhadores deste Movimento que concebeu e gerou o sonho de quer o desenvolvimento da nossa região deveria continuar acontecendo somente pelos caminhos da sustentabilidade. Foi esse o desejo impulsionário da lutar para a criação da APA DOS MORROS GARAPENSES, e é o que honestamente queremos viver e trabalhar para acontecer.  Queremos sim riquezas, mas essas riquezas devem ser repartidas e distribuídas para todos.
                     Entendendo que nesse labor pelo pão e a vida digna, necessariamente o explorar dos recursos naturais e do uso do trabalho humano tornam-se inevitável. Porém, entendemos existe um equilíbrio no hoje e no amanhã desse explorar, cabendo nós buscá-lo, até haver uma harmonia para as atuais e as próximas gerações na convivência do natural com o antropo e do antropo consigo mesmo. Surgindo dessa dinâmica, justiça, cuidados e gentileza com o próximo humano e o próximo bicho: as plantas, águas, solos, o ar, a vida num todo.
                    Acreditamos que em tudo existe vida e essência, assim o sentir do viver e a busca da felicidade dar-se-á em todo ser que respira e almeja sua conservação. Sendo isso sagrado e certo, devemos ambicionar o bem de todos os viventes e as coisas na APA dos Morros Garapenses. Estou sendo animista? Não, acredito apenas que a missão nossa é cuidar e preservar não somente nossas vidas, mas de toda a criação.
                    Assim, no cumprimento dessa missão muito me emocionou uma exposição de fotografias de nascentes sendo recuperadas  em Coelho Neto pelo Grupo Industrial João Santos. Antes, tínhamos como um inimigo declarado, agora, veja como a existência faz com quer pontes sejam construídas entre antagonismos, surgindo entre o Grupo e os ambientalistas até parcerias e diálogos. Nesse ponto acredito que a APA dos Morros Garapenses poderá aproximar as comunidades viventes na APA e o Grupo (como também com os empresários sulistas do agronegócio da soja), melhorando a relação arredia, em graus ainda EXISTENTES, no buscar dessa sustentabilidade e dignidade de tudo, no interesse de ambas as partes.
                    Não pude nas comemorações ir para a palestra dia 22 em Buriti, que aconteceu lotada no Centro de Apoio Pedagógico com umas 300 pessoas de todas as representatividades sociais, políticas e judiciárias. Todavia, trouxe uma faixa grande que os Conselheiros e voluntários mandaram pintar: “Buriti parabeniza a APA DOS MORROS GARAPENSES pelos seus 2 anos ”. Eu, também cantei os parabéns e me emocionei em Duque vendo os dois bolos de 70 reais que nós conselheiros pagamos e degustemos logo após o findar da primeira reunião anual do Conselho Consultivo dia 21 de Março na sede da Câmara Municipal da cidade. A criação do GPA - Grupo de Professores e Alunos Ambientalistas em Coelho Neto foi uma emoção orgulhosa à parte, também. Iniciativa inédita no Maranhão, os integrantes pragmáticos do GPA já em ação concreta ajudaram organizar as comemorações do aniversário de dois anos e a caminhada ecumênica dos cristãos (uns mil no total) que saindo em grupos de Coelho Neto e Duque Bacelar no final da madrugada do dia 20, caminharam por igual 9 km e se encontraram no povoado Mamorana, divisa dos dois municípios, para celebrar Deus Criador e dizer que o nosso papel também consiste em cuidar da criação Dele. O GPA também elaborou e executou a arborização da AV. Cordeiro de Faria em Coelho Neto, ação bonita que fez parte das comemorações da Semana da Árvore e Aniversário da APA, pretendendo continuar com a ajuda da comunidade local a arborização de toda cidade.
                      Como foi repleto de ações o aniversário de dois anos da APA dos Morros GARAPENSES. Houve café da manhã, fogos foram soltos, saindo de cima dos Morros em direção a cidade sede da Unidade; o ônibus que levou estudantes e Conselheiros para visitar a RPPN do Riacho Feio em Buriti no caminho atolou, e todos desceram para desatolar. E estando lá todos viram, alguns até pela primeira vez, Siriemas - belas aves de um metro de altura que estando na lista negra das espécies em extinção, no Riacho Feio estão fazendo ninho, no recomeçar da luta pela existência de sua espécie. E neste Aniversário a equipe da SEMA-MA esteve pela primeira vez em Afonso Cunha, conversaram e formaram vínculos com as pessoas de bem do lugar, onde os mesmo constataram mais uma vez a existência da APA em seu território. Na realidade de quer a APA dos Morros Garapenses EXISTE para unir todos nós, nos unamos por Afonso Cunha, onde está o território e o povo mais sofredor da Unidade.
                       Sim, a APA DOS MORROS GARAPENSES começou com o sonho de ambientalistas unidos e agora deve unir todas as pessoas dos quatros municípios para juntos sonharmos mais bonito, a construção de um futuro digno para todos. Em graus já vivemos essa nova realidade. Entretanto, torna-se necessário que os grupos sociais afins, igrejas, associações culturais e de classes, sindicatos, assentamentos, escolas, crianças, jovens, os líderes comunitários, os vereadores e prefeitos, promotores e juízes dos quatros municípios estejam juntos. Sem UNIDADE nunca alcançaremos SUNTENTABILIDADE.
                         Sem dúvida, Deus, o Criador dos céus e da terra, Senhor de toda vida existente nos ajudará nessa busca de unidade e do caminhar de mãos dadas para a sustentabilidade e a justiça em sua plenitude vencerem na APA DOS MORROS GARAPENSES. Oremos, pois.



Francisco Carlos Machado
Presidente da ABAMA e Vice-Presidente do CONAMG
Conselho Consultivo da APA dos Morros Garapenses




AMBIENTALISTA PRETENDEM CRIAR RESERVA URBANA EM DUQUE BACELAR

               Na cidade de Duque Bacelar, a 380 km de São Luis, um grupo de ambientalista, com o apoio da Prefeitura, pretende transformar o município na primeira reserva urbana e no primeiro município sustentável do Estado. A área se chamará Reserva Biológica dos Morros Garapenses.
           Para transforma esse grande sonho em realidade foi criada a Associação Bacelarense de Proteção ao Meio Ambiente (ABAMA), uma organização ecológica que trabalhará em prol da defesa do meio ambiente e ajudará na coordenação e implantação do Projeto.
            A Associação está desenvolvendo com a comunidade projetos educativos que servirão para que a população preserve o Meio Ambiente. “Nosso projeto já está sendo trabalhado nas escolas e com a comunidade para que, com o tempo, aflorem nessas pessoas o sentimento de preservação da fauna e flora do município”, conta Pastora Aguiar, coordenadora de Educação e Cultura Ambiental da entidade.

         ABRAGÊNCIA- A área da reserva será de cinco quilômetros quadrados e abrangerá os cinco morros que circundam Duque Bacelar, açudes, lagoas, brejos, igarapés e o rio Parnaíba. “A reserva surgiu com dois objetivos: desenvolver a sustentabilidade do município e o ecoturismo na região, já que a área é uma das mais ricas do Maranhão. Por ser um dos municípios mais pobres do Estado, nós pretendemos também melhorar a qualidade de vida da população ’’, explica Francisco Carlos Machado, Presidente da Associação Bacelarense de Proteção ao Meio Ambiente.
          Os trabalhos de conscientização, segundo os ambientalistas, já começaram. Estão sendo realizadas palestras, seminários, estudos, caminhadas e plantação de mudas de árvores em Duque Bacelar. Uma das primeiras campanhas desenvolvidas foi “Duque cidade Jardim”, na qual os proprietários das casas cultivam canteiros de flores e árvores nos quintais.
         “Nosso objetivo é transformar a paisagem do nosso município, tornando-o um grande jardim”, conta Francisco Machado. As trilhas realizadas pelos morros também têm ajudado muito divulgar a importância do meio ambiente. ”Nossos principais parceiros são as crianças. Nós queremos despertar o interesse dos jovens para a questão da preservação ambiental. Já tivemos alguns resultados bastante positivos”, avalia Pastora Aguiar.

                                                Área se dividirá em cinco zonas
            A Reserva Ambiental será dividida em cinco zonas principais, onde serão trabalhados os vários projetos desenvolvidos pela Associação Bacelarense de Proteção ao Meio Ambiente. Na zona um, por exemplo, serão trabalhados nos morros, áreas de lazer, trilhas, mirantes e jardins.
               A zona dois abrange a cidade, onde serão trabalhados várias campanhas, como coleta regular de lixo, criação de parques e as campanhas “Duque cidade jardim” e “Em cada canto uma árvore”. A zona três abrangerá um açude da região que, com o projeto, terá seu tamanho triplicado e transformado num grande balneário, com restaurantes e áreas aquática de lazer.
                         
                               
DEGRADAÇÃO – A zona quatro inclui o rio Parnaíba, que atravessa o município, mas que, devido à falta de cuidado, tem apresentado índice de poluição, segundo membros da associação. “Minha monografia de conclusão de curso abordou o rio Parnaíba, que com o tempo, tem apresentado sérios problemas como assoreamento e, conseqüentemente, perda das matas ciliares. Pretendemos, com a reserva ambiental, mudar essa realidade”, explica Pastora Aguiar, da ABAMA. A zona cinco pretende preservar os igarapés, rios, açudes e lagoas da região.
                 A direção da entidade está buscando recursos para tornar o grande sonho do município em realidade. A ABAMA conta com o apoio do Instituto do Homem e, mais recentemente, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Jornal O Estado Maranhão/ Março de 2004